Foto: Yuri Murakami

Nas montanhas da Transilvânia, o clássico vampiro Drácula recebe uma releitura, que invés de deixar o público morrendo de medo, acabará matando todos de rir. Em que um corretor de imóveis britânico encontra um misterioso cliente, que por um acaso é a criatura mais aterrorizante que o mundo conheceu. O espetáculo estreará no Brasil dia 15 de agosto, no Teatro Bravos, em São Paulo, com uma curta temporada até 12 de outubro.

Estrelando Thiago Abravanel (como Drácula), o elenco conta ainda com a presença de Lindsay Paulino (Mina e Van Helsig), Bruna Guerin (Lucy, Kitty e Motorista), Ludmillah Anjos (Dr. Westfeldt, Reinfield e Capitão), Jefferson Schroeder (Jonathan Harker, Pretendentes, Contramestre e Coveiro) e Bernardo Berro (Drácula – Cover).

E durante a coletiva de imprensa, antes de termos o primeiro contato com “Drácula – Um Terror de Comédia”, o codiretor Ricardo Grasson compartilhou sobre os diferenciais do espetáculo, em que apesar do conteúdo nascer na Broadway, era bem diferente do que o público espera, ou seja, não tinha o formato de musical. E ao mesmo tempo que quando estavam produzindo, ao pensarem em como seria adaptar ao público brasileiro, houve a preocupação da peça ser muito extensa, mas, mesmo assim, aceitaram o desafio.

Os diretores Heitor Garcia e Ricardo Grasson – Foto: Yuri Murakami

Já o codiretor Heitor Garcia contou sobre a estética presente em muitas das adaptações que havia trabalhado com Grasson e que, dessa vez, não seria diferente. Isso porque eles apreciam o realismo fantástico, em que há a oportunidade de aproximar o público da história, do espetáculo em si. Ao todo, a obra teatral conta com 8 atores, cerca de 25 profissionais na produção e mais de 50 colaboradores.

Além da peça ser baseada no enredo clássico, houve um estudo específico na montagem dos figurinos, trazendo um diferencial nas texturas e nos formatos, em que influenciavam na anatomia dos personagens em cena. E apesar de ser destacado que não se trata de um musical, foi reforçado que é um teatro musicado, um trabalho de movimento, para que o fator “música” não tire a importância dos outros pontos mencionados.

Em “Drácula – Um Terror de Comédia”, a dramaturgia valoriza o movimento e carrega a mistura de linguagens dentro da sonoplastia. Por ser um espetáculo conhecido pelo gênero do terror, os codiretores resolveram trazer um pouco dos trabalhos do Danny Elfman, cantor-compositor do grupo Oingo Boingo, conhecido por colaborar com o Tim Burton em suas trilhas sonoras. E claro, por terem adaptado aos brasileiros, trouxeram uma pitada de brasilidade, como o Samba.

Tiago Abravanel como Drácula – Foto: Yuri Murakami

Momentos antes da imprensa ter o primeiro contato com a obra, era possível ouvir estalos, barulhos de passos e risadas diabólicas, em que todos permaneciam em completa curiosidade sobre o que estava por vir.

Foram apresentadas três cenas: a primeira sendo a introdução da história clássica, em que acompanhamos a ida de Jonathan Harker à Transilvânia, tendo seu primeiro contato com o Drácula, que se apresenta com uma longa capa, corset em vinil e uma maquiagem impecável. A mudança de clima de suspense ao humor é rápida, porém fluído, em que ficamos impressionados não apenas com o figurino, mas com o toda a produção de iluminação e coreografia.

Foto: Yuri Murakami

Na segunda cena, presenciamos o encontro e do dueto entre Mina e Drácula, que ao mesmo tempo que permanecem se provocando e se desdenhando, há a dramaticidade da personagem que pretende ser mordida pelo vampiro junto ao humor, em que Mina apresenta-se ser atrapalhada e ingênua. Com uma mistura de drama, dança e coreografia, o público facilmente cai na gargalhada e perde a noção do tempo da cena, que passa rapidamente.

Foto: Yuri Murakami

Durante a terceira cena, houve alguns erros sobre mise-en-scène, mas eles foram divertidos o suficiente para que a imprensa pudesse captar o jogo rápido entre os atores, assim como notamos a leveza em que eles repassavam, improvisam falas novas e melhoravam mais ainda a experiência que já estava muito engraçada.

Esta passagem seria o momento em que Mina já foi mordida pelo Drácula e ela encontra-se em seu quarto, tendo que ouvir a discussão dos outros personagens sobre o que pode acontecer com ela futuramente. Além disso, foi o instante em que o público pôde presenciar a troca ágil de roupas, atuação e trejeitos únicos de um personagem ao outro em questão de segundos.

“Drácula – Um Terror de Comédia” é um espetáculo no estilo besteirol, inspirado no tipo de humor dos anos 90. Em que há o resgate do teatro da chanchada, de revista, um tipo de estrutura muito brasileira. Em que apesar de trazer a franquia nos moldes internacionais, a peça encontra-se bem diferente da Broadway, de uma forma autêntica e super divertida.

Em entrevista ao Music+Drops, a atriz Bruna Guerin explica qual foi o maior desafio em interpretar uma personagem que dentro do imaginário coletivo, o público lembra da sua versão ligada ao gênero de terror, e agora, está voltada ao humor. “[A peça] Vem de um lugar absurdo, do fantástico. Então, se a gente carregar um pouco “nas tintas”, a gente consegue ver o humor. […] A dificuldade, na verdade, acho que foram as muitas trocas de roupas, de cenas e de personagens. Mas eu acho que o gênero de terror está ali com a comédia”.

Além da coletiva, a imprensa teve direito a um buffet totalmente temático, voltado a algo semelhante com o Halloween ou com o terror, principalmente, por conta da paleta de cores utilizadas nos doces e no brinde, sendo um copo personalizado com uma ilustração remetendo ao logo presente no pôster da peça teatral.

Drácula – Um Terror de Comédia

Temporada: de 15 de agosto a 12 de outubro de 2025

Horários: sextas às 21h, sábados às 17h e 21h, domingos às 18h

Duração: aprox. 1h40 (100 minutos)

Local: Teatro Bravos

Endereço: Rua Coropé, 88 – Pinheiros

Capacidade: 611 lugares

Classificação etária: Livre, menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

PREÇOS/SETORES

Plateia Premium: R$ 150,00 meia entrada e R$ 300,00 inteira

Plateia Baixa: R$ 125,00 meia entrada e R$ 250,00 inteira

Popular Mezanino: R$ 25,00 meia entrada e R$ 50,00 inteira

Popular Plateia Baixa: R$ 25,00 meia entrada e R$ 50,00 inteira

Ingressos: Sympla