Foto: Thiago Larenttes

Desde 2017, o The Crashing Brains vem consolidadndo seu caminho na cena independente do rock. Com apresentações em festivais como o Orange Submarine Festival e o Araraquara Rock, o grupo já abriu apresentações de nomes como Angra e CPM 22.

Agora, o grupo apresenta o single “Clown”, faixa que integra “Premeditated”, primeiro álbum da banda que foi gravado no estúdio Family Mob em São Paulo e que já está disponível nas plataformas digitais. Formada por Luke Grave (voz e guitarra), Álef Silva (guitarra e vocal de apoio), Marcky Moura (baixo) e Matheus Rapanha (bateria) a banda já se encontra trabalhando em novas canções com previsão de lançamento para 2022.

Sobre a faixa, o guitarrista Álef Silva comenta “A letra fala sobre um relacionamento abusivo e conturbado, onde um dos lados se vê como um ‘palhaço’ e que depois de estar no fundo do poço, consegue finalmente se encontrar e se libertar desse pesadelo” e também bateu um papo sobre a história do grupo, o single e os planos futuros. Confira:

1)    É sempre muito bom conhecer bandas novas que mantêm a chama do rock acesa! Nos contem um pouco sobre como começou a história da The Crashing Brains!

A banda começou como um projeto pessoal (eu queria apenas gravar algumas ideias que eu tinha guardado e ouvi-las no dia a dia). Ao me dar conta de que precisaria de mais músicos para concluir as gravações de algumas demos, aos poucos fui introduzindo o restante do pessoal. Primeiro o Matheus Rapanha (Bateria), depois o Marcky Moura (Baixo) e por fim, o Luke Grave (Vocal e Guitarra). Após a consolidação dos integrantes, com o resultado final de algumas pequenas gravações, a ideia virou um projeto e foi criando corpo. E assim começamos a nos enxergar como uma banda e continuamos!

2)    O som da The Crashing Brains tem uma pegada post-grunge, mas sabemos que vocês têm muitas outras referências de estilo. Quais são as bandas que vocês mais ouvem e se inspiram?

Acredito que o que unifica a sonoridade da banda é a compatibilidade dos gostos e influências musicais, que não necessariamente estão ligadas ao rock ou seus subgêneros. Eu particularmente, escuto tudo o que considero importante para minha formação como músico.

De forma mais objetiva, posso citar como influências unânimes na banda: Black Sabbath, Rush, Led Zeppelin, Queen, Creedence, Guns N’ Roses além de toda cena grunge de Seattle.

3)    Vocês acabaram de lançar o single “Clown”, junto com o clipe gravado ao vivo. Qual é a inspiração dessa música e como foi o processo criativo dela?

A ideia da melodia de Clown surgiu no meio da noite. Eu acordei e estava com uma melodia na cabeça, rapidamente peguei o celular pra gravar e solfejei a melodia, para não esquecer. Nos dias seguintes apresentei a melodia e uma ideia da mensagem sobre a qual iríamos tratar na composição. A letra de Clown basicamente é um enredo clássico de tipos de relacionamentos conturbados e abusivos por parte de algum dos lados, onde o indivíduo se vê preso em uma situação desconfortável. E após ou durante essa situação, se vê obrigado a mudar sua postura e encontrar finalmente sua paz.

4)    Já sabemos que vem mais música por aí, porque, na verdade, vocês gravaram um álbum inteiro ao vivo! O que os amantes do rock podem esperar desse disco de estreia “Premeditated”?

A ideia inicial nunca foi gravar um álbum no formato ao vivo. Qualquer músico com o mínimo de experiência sabe o quão difícil e desafiador é esse processo. Mas, conforme fomos entendendo e aceitando essa possibilidade, este processo se tornou tão natural com nosso entrosamento, que simplesmente aconteceu ao vivo. PREMEDITATED explora muitas vertentes do grunge. De forma involuntária, é possível notar todas as nossas influências e os sentimentos que queremos transmitir. As músicas abrangem muitas variedades dentro do mesmo nicho. Músicas calmas, agressivas, músicas que mesclam agressividade e calmaria, músicas sujas com power chords e músicas lindas e bem arranjadas. Se permitir ouvi-lo de coração aberto, será uma experiência única!

5)    Falando de shows, vocês já dividiram o palco com importantes bandas nacionais como Angra, Raimundos e CPM 22. Qual deles foi o mais marcante para vocês e por quê?

Realmente, ter dividido palco com essas bandas foi algo incrível. Se me dissessem lá atrás, com meus 12 anos, que um dia isso aconteceria, eu não teria dormido um dia desde então.Mas até o momento, acredito que o show do festival Araraquara Rock, onde abrimos para o Angra, foi o mais marcante. Foi uma das primeiras vezes que tivemos de fato uma rotina de rockstars, com viagem para outra cidade, hospedagem em hotel, camarim exclusivo. Foi um dia memorável pra gente.

6)    Podemos imaginar o quanto vocês estão ansiosos para voltar aos palcos. Já existe alguma apresentação presencial em vista?

Já se passou mais de 1 ano e meio desde o nosso último show presencial, e confesso que se soubesse que seria o último durante tanto tempo, eu teria aproveitado mais de todas as formas possíveis. No momento há muitas especulações, mas com essas incertezas quanto a liberação do público, está tudo indefinido. Não podemos dar muitos detalhes por essa instabilidade de informações, mas garanto que há muita coisa por vir nesse “novo normal”.

7)    Qual a expectativa de vocês para 2022? Desejamos muito sucesso e sempre enviaremos a nossa energia positiva pra vocês!

Obrigado pelo carinho! Esperamos que a área da cultura e entretenimento volte o quanto antes e de forma segura, que o modo como as músicas de artistas independentes são consumidas melhore e que a cena cresça a cada dia com isso. Por fim, esperamos consolidar ainda mais a visibilidade da banda, divulgando nosso álbum PREMEDITATED em grandes festivais.